O que é Dislexia: Mitos e Verdades

O que é Dislexia: Mitos e Verdades

Quando eu tinha mais ou menos 10 anos recebi o diagnóstico de que era disléxico, então a primeira pergunta que me veio a cabeça foi “que raios é esse treco?”. Talvez você tenha a mesma dúvida, e não há nenhum problema nisso. Embora seja uma palavra que pareça familiar, há bastante confusão sobre o que ela realmente significa.

O que é Dislexia: Mitos

Antes de falar o que é a dislexia vou falar o que NÃO É dislexia: dislexia não é falta de inteligência. A maioria dos disléxicos tem inteligência igual ou superior à média (confira a lista de alguns disléxicos famosos, clique aqui), inclusive um estudo conduzido pela Universidade de Washington revelou que crianças com dislexia usam quase cinco vezes mais a área cerebral do que as pessoas “normais” enquanto realizam uma tarefa de linguagem (para quem curte inglês basta clicar aqui). Ou seja, burrice ou falta de inteligencia não tem nada haver com o problema.

O que é Dislexia: Verdades

Falando agora sobre dislexia propriamente dita. Segundo o dicionário a palavra dislexia vem do grego dys, que significa pobre, e lexia que quer dizer linguagem. Aprofundando um pouquinho, dislexia é um problema neurológico relacionado à linguagem, leitura e escrita; podendo haver também dificuldades na interpretação de textos, na fala e na memória (fonte: qualquer artigo relacionado ao tema que você encontra por aí). Porém, o que me proponho a falar aqui é algo que vai muito além disso.

Mesmo você indo atrás de livros e pesquisando uma boa definição, você deve abordar o significado da dislexia através das experiências de vida do próprio disléxico, é muito importante compreender os efeitos da dislexia no próprio dia-a-dia. Vou explicar melhor: percebo que a maioria dos autores e livros que tratam do assunto falam do disléxico de forma muito “rotulativa” ,  como consequência, as pessoas acabam se prendendo em uma definição muito simplória, algo do tipo “alguém que inverte letras ou tem problemas de leitura”. Dislexia é algo muito mais complexo e extenso que isso: traz dificuldades na escrita, nas relações espaciais, nas direções (direita e esquerda), na administração do tempo, na memória, na lembrança de palavras. É por exemplo, a dificuldade de lembrar por um instante o nome do melhor amigo (já aconteceu comigo), de confundir o número de telefone da namorada e ligar para outra pessoa (isso também haha), de esquecer onde colocou a carteira ou de perder as chaves que até meio minuto atrás estavam nas suas mãos (nestes sou campeão!); é ter o receio de que a qualquer momento uma confusão mental possa acontecer.

Todos dos disléxicos apresentam certa dificuldade com linguagem, mas a implicação disso varia muito de pessoa para pessoa.  Por exemplo, eu não tenho problemas com leitura e minha memória fotográfica é ótima (sei chegar exatamente onde eu quero lembrado da imagem do caminho apenas tendo-o percorrido uma única vez, só não me peça para falar o nome das ruas rsrs; inclusive só de ver o rosto de uma pessoa lembro exatamente onde e quando a conheci, mesmo tendo-se passado muitos anos, só não me peça para falar o nome rsrs) , porém já me pequei escrevendo palavras com letras invertidas e tenho incrível habilidade de perder ou esquecer objetos. Conheço disléxicos que tem outras características, há aqueles que tem grande dificuldade com leitura e, no entanto, não ter problemas de memória ou espelhar números; outros tem um bom discurso, mas soletram ou interpretam um texto com excessiva dificuldade.

Imagine que você tem varias imagens do mesmo bolo de chocolate, então você pega essas imagens e entrega nas mãos de cozinheiros diferentes, pedindo para eles prepararem o mesmo bolo da foto. No final tudo dará bolo de chocolate e mesmo havendo ingredientes parecidos, cada elemento será unido de forma singular com um toque pessoal. Da mesma maneira funciona o disléxico, cada um é único e especial, por isso é tão arriscado rotular a todos de forma simples e tão generalista.

40 Comentários


  1. Achei muito legal! O engraçado é que as coisas que você descreveu também acontecem comigo hehehe.

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  2. Muito feliz com a sua iniciativa de criar o blog. Ele está muito bonito, além de textos de excelente conteúdo. Sucesso ao DislexClub! Um abraço a todos.

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  3. É realmente… Acho muito interessante como coloca as coisas… Pq temos manias de rotular tudo…. E acredito que quanto mais específico o tema (no caso da dislexia por exemplo), fica mais fácil ainda rotular…
    Acho que quando todos ficamos bem conosco isso reflete fora, então quando tem algo que ainda não está conectado como deveria, acabamos traduzindo erroneamente isso para a vida real… É um desses fatos seria agir inconsequentemente, rotular e fazer diversas outras coisas sem antes pensar bem, usar bem a cabeça e o coração…

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  4. Excelente iniciativa meu filho.
    Elucidativo e bastante educativo.
    Parabéns, com muito orgulho.

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  5. Gostei do texto, porque esmiúça a questão da dislexia em linguagem simples e direta e fala das características, focos que possuem e apresentam as pessoas disléxicas, como eu que às vezes gaguejo procurando as palavras que desaparecem como se nunca tivessem existido um dia pram mim (rsrs). E troco as palavras. Chamo senhor de senhora. Chamo Paula de Bruno ao conversar com os dois ao mesmo tempo. Troco as palavras de ditos populares, tipo o Chapolin, que não é à toa que é meu herói. Tenho tremenda dificuldade espacial e na administração do meu tempo. Mas possuo certa habilidade e facilidade que meus amigos dizem não ter. Por exemplo, tenho visão contextual diante das coisas, o que me dá capacidade pra criar estratégias devido à análise de mapeamento das situações. Mas não mexa com os números, por favor. E não tenho tanta dificuldade pra escrita, porque consigo me expressar bem com o papel, mesmo numa outra contagem de tempo, e também não tenho grande dificuldade com a leitura, apesar de me perder bastante nos momentos de leituras extensas e até trocar palavras mesmo quando leio. Creio, agora que tô conhecendo minha dislexia que as habilidades, eu diria, um tanto intuitivas, considerando que não me concentro pra desenvolver potencialidades, também se originam dela, da minha dislexia. Tô aprendendo a amar essa minha dislexia. Penso numa coisa muito bonita dessa minha dificuldade, sabe? Enquanto os outros enxergam pessoas burras, inúteis, sem talentos, eu penso diferente. Penso que todos possuem algo para ensinar, que podem ter talentos retidos por falta de conhecimento de suas dificuldades e por falta de uma abordagem pedagógica adequada e sensível à questão neurobiológica dos transtornos. Ainda vou agradecer muito a Deus por minha dislexia.

    Obrigada ao amigo Felipe e a quem idealizou esse site legal! Um site que faz um disléxico se sentir alguém importante e especial.

    Abraços!

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  6. Muito bom texto… Sou mãe de um disléxico e ele sofre muito por não entender as coisas que ele passa. Sou psicopedagoga e especialista em dificuldades de aprendizagens. Colher informacoes sobre a causa me estimula mais e mais. Parabéns pelo club!!! Um grande abraço.

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  7. Parabéns. muito bacana e instrutivo seu site. Sao importante essas informações pois partem de quem vivência e pode falar com propriedade sobre a dislexia. Mais vez Sucesso!

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  8. Interessante, ouço inúmeras vezes as pessoas falarem que eu não tenho TDAH ou dislexia pelo simples fato de não trocar as palavras, fui diagnosticada e à algo além de trocas palavras não somos todos iguais! Parabéns…

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  9. Muito bom poder conhecer pessoas que passam ou passaram pelos mesmos desafios. Meu filho Felipe tem 8 anos,demonstrou muita dificuldade para entender o processo de alfabetização, e apesar de ser professora, não consegui auxilia-lo da forma que ele precisava, pois ele aprendia e no dia seguinte esquecia tudo. Busquei ajuda e há 1 ano e meio é acompanhado por equipe multidisciplinar. Todos os especialistas foram unanimes em apontar a dislexia, como o motivo dele ter outra perspectiva de aprendizagem. Digo outra perspectiva, por que o Fê tem uma sensibilidade, criticidade, criatividade e imaginação bem acentuada, sua visão de mundo com tão pouca idade me encanta. E enquanto eu, o Felipe e a escola não sabíamos como lidar com tudo isso, meu pequeno sofria muito. Ficava ansioso e com baixa estima por não conseguir aprender. Os últimos 2 meses fizeram toda a diferença. A psicopedagoga que o acompanha se reuniu com a equipe escolar, conversou e orientou. A escola também não estava preparada para lidar com o Fê, mas demonstraram boa vontade em aprender. Mudaram a forma de trabalhar com o Fê e descobriram que o Fê era super capaz. E o mais importante de tudo: o Fê descobriu que é capaz! E isso está fazendo toda a diferença. Estamos no início dessa caminhada, mas hoje, depois de um ano e meio perdida, sinto pela primeira vez que estamos no caminho certo. Enquanto educadora, estou lendo e me informando. A cada dia descubro um pouco mais sobre este distúrbio. A dislexia não foi um tema que escolhi, ele é que me escolheu.

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    1. Nossa, seu comentário me emocionou. Meu menino tem 7 anos e está novamente no 1° ano. Ainda estamos em fase de investigação, mas descartamos TDAH. Eu tenho certeza da dificuldade dele, apesar de já ter escutado que ele não tem nada, é apenas preguiça. Hj, após 3 anos de consultas e exames, estamos no caminho certo. Tanto a neuropediatra quanto a fonoaudióloga já estão trabalhando nessa linha da dislexia. Diferentemente de algumas mães, em momento nenhum me desesperei. Eu só fico ansiosa por um diagnóstico preciso e definitivo para correr atrás dos direitos dele. Mas nunca o pressionei para ter boas notas, muito pelo contrário, cada conquista é muito comemorada, mas a cada dificuldade, nós conversamos com ele e dizemos: “Amanhã será melhor!” Só cobramos dedicação. Costumo dizer: “Se vc se dedicar, mesmo a nota zero, pra mamãe será um 10, pq vc se esforçou e tentou.” Desde que descobri toda essa dificuldade com relação ao aprendizado, nós passamos incentiva- lo mais, mesmo quando a nota não é boa. Ele tem se sentido mais seguro, e tem evoluído mais. Falo que cada pessoa é única, e que cada um tem um tempo pra aprender. Acho que por conta disso, ele não sofreu com a reprovação. Eu estou confiante, sei que terei muito trabalho, mas chegaremos lá!!!!

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  10. o Club é uma ótima iniciativa,,, ainda não procurei uma equipe multidisciplinar, más acredito piamente que minha filha tenha dislexia,,, lendo vários textos à respeito da Dislexia,,, compreendi tantas situações inusitadas que vivi com minha filha, hoje ela tem 09 anos,,, quando era menor, sempre achava uma saída para expressar aquilo que ela não encontrava a palavra certa,,, quando não se lembrava da palavra bezerro, era o filho da vaca e do boi, eu entendia e ela continua a história; quando falava uma palavra errada e a gente corrigia,,, na terceira tentativa ela arrematava “eu sei falar novela ou eu sei falar mamãe,,, que eram palavras que ela sempre ouvia… hoje entendo que quando ela insiste que não come carne não é porque ela quer comer algo diferente é simplesmente, porque ela esqueceu que gosta de carne… e hoje foi até engraçado… faz poucos dias que comecei aceitar que ela tem dislexia,,, e na hora do almoço ela não serviu frango,,, disse que não gosta,,, então eu disse que ela precisava comer e que ela gostava de franco pq ontem ela comeu, ela voltou colocou o frango no prato, comeu tudinho e ao repetir colocou outro pedaço de frango… e comeu de bom grado… e eu tenho certeza que se no jantar fizer frango de novo ela vai dizer que não gosta….. rssss…. obrigado….

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  11. Adoro suas materias e gostaria muito que os professores pudessem ter uma especialização em dislexia, pois poucos deles entendem e tem paciencia para fazer a diferença. Alem disto poucas escolas se dispõe a tentar ajudar estas crianças, pois acham que tudo gera em torno da nota da prova e não do conteudo que ele aprendeu mas não consegue transpor para o papel

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  12. Oi!! Sou Ana Karolina tenho 17 anos, bom tem algum tempo que eu venho lendo vários artigos sobre dislexia e super me intendifico tenho maior medo de ler em voz alta escrevo tudo errado saio trocando tando na fala como na escrita as letrinhas que mas atrapalha nós disléxico “T com o D, P com o B, F com o V e o N com o M” na fala a mesma coisa eu tenho uma amiga que se chama Eduarda e eu falo “Ecuarta” quanto eu era pequena eu fiz fono por muitos anos e minha voz melhorou um pouco teve umas professora que até alertou minha mãe mais minha mãe falou que era frescura “ate hoje ela fala” fiz exame de audição e no exame costou que eu ouvia muito bem que não tinha nem um problema na minha audição.
    ainda não tenho nem diagnóstico falando que eu sou disléxico, sendo que eu fiz um teste online de dislexia e nesse teste acusou que eu tinha segunda vou procura um especialista e marca minha primeira consulta pra fazer minha avaliação e se acusar dislexia venho aqui no glog conta pra vocês bjs até a próxima.
    Pippo me aceitar no Facebook mandei o convite pra vc meu nome no face está Karolina Avenuar me act por favor bjs.

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    1. Minha filha tem dislexia… minha mãe tinha dislexia… eu tenho dislexia.
      Após o diagnóstico da minha filha percebi que cresci numa casa com livros e revistas ( muitas) mas nunca via minha mãe lendo, e uma vez dei a ela uma revista com ótimos artigos e ouvi ” mas quase não tem fotos” e também tínhamos uma quantidade enorme de revistas em línguas que nenhum de nós sabia ler/entender e que ela adorava folhear.
      Lendo os relatos dos comentários me lembro de toda a minha dificuldade para me concentrar nos estudos , a modulação da voz da professora tinha o poder de me mandar para Nárnia ou me fazer aprender a matéria mais difícil com muito mais rapidez que os outros, mais frequentemente acontecia de ir para Nárnia, também a hora do dever de casa era uma grande viagem a Nárnia, e geralmente eu os fazia nos últimos segundos antes da professora entrar na sala, incrivelmente tudo correto, claro que quando eram km de exercícios de matemática eu simplesmente copiava da coleguinha mais próxima , o que prejudicava demais meu aprendizado de matemática.
      Meu filho mais velho era o melhor aluno do colégio , isso mesmo, não da turma , mas do colégio , e como a maioria das pessoas com essa qualidade tinha o “defeito” de ter alguma dificuldade social. Que eu saiba fui a única mãe a obrigar o filho a ir brincar com os coleguinhas na rua, eu tenho um irmão nerd.
      Minha filha desde muito pequena foi muito agitada, é muito linda , ninguém esperava que a bonequinha linda de cabelos cacheados fosse uma capetinha capaz de enlouquecer qualquer adulto. Quando fui à escola pedir que a separassem da sua mini gang ouvi:
      1) mas ela não conversa com as outras durante a aula, se pedirmos que fique quieta , ela fica… e levanta e vai conversar com a professora enquanto os outros fazem o exercício em sala
      Quando fui à escola pedir mais atenção e relatar que minha filha de 10 anos tinha vocabulário de semi analfabeto e não conseguia se expressar oralmente ou por escrita e não lia apesar de viver cercada de livros , revistas em quadrinhos que muitas vezes ela pedia mas não passava da primeira página
      2) você quer que ela seja como o irmão? Eles são diferentes! E a média dela é 7,5/8,0 está ótima! ( sofri com comparações com meu irmão e não faria isso)
      3) ao relatar que ela tirava 9,5 na prova sobre o livro que eu comprará 3 meses antes e li de um só fôlego em voz alta para ela na véspera da prova porque ela chorava porque não havia lido o livro, ” viu? Ela é mto inteligente! ” (?!)
      Resumo da ópera: a auto estima dela foi caindo, caindo até eu ouvir, não vou fazer faculdade não consigo ler. Como vou estudar o monte de livros que meu irmão estuda?
      Comecei a fazer um trabalho , junto com o irmão de elogiarmos tudo o que ela conseguia fazer , em qualquer área, nessa época, minha filha fazendo 15 anos, conheci uma fonoaudióloga que ao ver a quantidade de livros que tínhamos ( adoro ler , vou a Nárnia via livro) ficou maravilhada , comentei que mesmo assim tínhamos uma que não lia, se interessou e acabou fazendo o diagnóstico de dislexia , tipo lê e não entende, ela lia perfeitamente mas não absorvia nada, eu nunca tinha ouvido falar desse tipo de dislexia!
      Segundo a Fono ela foi a única paciente que ficou muito alegre com o diagnóstico, ” Quer dizer que eu não sou burra?”, e ” como resolvo isso?, qual o tratamento?”
      Lições:
      1) toda criança quer ser ótima na escola , se não é pesquise
      2) pergunta simples : quando você lê passa um filminho na sua cabeça? Minha filha descreveu que quando via um cartaz na rua , as letra de eram apenas desenhos ao primeiro olhar, com esforço se tornavam palavras e se houvesse tempo teriam significado… ou não . E o filminho? Nunca.
      3) na epoca todas as meninas queriam ser atrizes, coloquei no curso de teatro da nova escola e o professor ao ” bater” o texto jamais explicava a ela o significado das falas do personagem dela , ela precisava deduzir . Isso ajudou demais. Aulas de teatro deveriam ser obrigatórias .
      4) na nova escola levei o laudo da fono e anos depois soube que havia um conselho de classe exclusivo para o caso dela , onde ocorria de por ex a prof de português justificar o 9,5 em redação com graves erros gramaticais porque foi a primeira redação dela com começo , meio e fim, anteriormente simplesmente não fazia sentido.
      Conclusão :
      Sou médica
      Meu filho é médico
      Minha filha é médica veterinária especializada em exames de imagem ( ultra som, rx) , desde sempre a pessoinha era capaz de achar uma pessoa no meio da multidão , por ex na praia de Copacabana no réveillon várias vezes coloquei a no colo e ela achou determinada pessoa e me guiou até ela, pois ela usa essa habilidade , conseguindo ver detalhes nos exames imediatamente , muito antes dos colegas. Durante o vestibular não faltava aulas que demandavam leitura para serem repostas mesmo que tivesse que ir munida de remédios para febre por ex, também ficamos sabendo que pessoas como ela tinham memória 4x melhor , o que a fez ser a melhor aluna do curso de teatro, mesmo que no Auto da Compadecida, onde seu personagem era o ” diabo” ela não entendendo o texto , me perguntasse se ele era bom ou mau.
      Cereja do bolo : fez veterinária na universidade federal rural do RJ , a ” Rural” a mais difícil de entrar para o curso de veterinária do RJ. Muito orgulho da minha dislex.

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  13. Tenho um filho com doze anos que tem dificuldade de leitura , mais é difícil porque está no 5°ano é ano que vem são vários professores eu como mae não sei oque fazer mais tenho medo de ele se machucar de piorar a situação pois nem todo mundo entende . gostaria de saber como fez pra passar por isso . ele tbm esquece nomes chaves carregador de celular .mais e bom de matemática e se for oral melhor ainda .

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  14. Sou uma mãe , que me preocupo, com minha filha que tem dislexia, lendo seu texto,vi a minha filha,com as mesma dificuldade.

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  15. Eu era péssima aluna na sala de aula, mas me conciderava inteligente bem em 70 não sabiam no Brasil o que era chamavam de louco ou burro. Sofri muito, desenvolvi o autodidatismo e já le por volta de 2.000.00 livros, descobri aos 40 anos que sou disléxica, hoje aos 55 anos sofro com ela, mais sou extremamente inteligente. Do que foi descrito no texto tenho 80% com déficit de atenção e concentração. Obrigado

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  16. Sou professora de reforço, particular.Tenho um aluno com diagnóstico de dislexia.Tenho dificuldade de despertar nele o gosto pela leitura.Ele já tem 14 anos, lê e escreve muito mal. Gostaria muito de pode ajudá-lo um pouco mais. Você tem alguma dica para mim?

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      1. Nossa descreveu minha filha totalmente…Ela tem dislexia,mas desenha que nem gente grande,tem uma memória fotográfica incrível,a primeira vez que fomos ao Estádio do Morumbi,na volta,eu não lembrava o caminho para pegar o ônibus,ela me levou certinho mas,antes eu teimei com ela e fui parar no Shopping Eldorado,ela riu da minha cara e falou:Não te disse,vc não me ouve!!!!
        Pois é depois disso nunca mais duvidei…
        Ela tem 11 anos e não achou sua forma de aprendizado,dizem,que cada disléxico tem a sua né???
        Rezo todo dia para que Deus a Ajude encontrar….
        Eu sofro muito com as dificuldades dela,preferia que fosse eu a ter…
        Desculpe meu desabafo!!!

        M.A.L mãe de A.A.L

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  17. Muito boas explicações! Somos uma família de 4 dislexicos…e acaba sendo engraçado como fazemos para chegar a um resultado…cada um de uma maneira!

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  18. Adoro seu textos, tenho um filho de nove anos q tem dislexia, ainda não comprovada, mas eu como mãe tenho certesa.

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  19. A mei o assunto sobre dislexia, depois de muitas dificuldades de aprendizagem da minha filha hj els com nove anos estou descobrindo que ela tem esse problema, e que ao ler o texto fico muito mas teanquila. A Isadora esta sendo acompanhada por Psicopedagoga que esta ajudando muito..mas dizem na avaliação que ela sobre de Deficit de atençao, pelo sitomas são o mesmo transtorno…..

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  20. Adorei o texto ! Eu por ex esqueço como escrever as palavras ou troco letras e as vezes não entendo o q leio kkkkkk somos diferentes ! Mas eu te entendo gente na escola eu perdia tanta coisa q virei amiga dos caras do achados e perdidos ! Mas as pessoas acham estranho Pq para eles um disléxico tem q ver as palavras mexendo e isso não existe pra mim se eu me perco no texto não é pq a palavra dançou no papel !

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  21. Pois é, descobri minha dislexia quando diagnosticamos meus dois filhos. Estudei música desde os seis anos e isso facilitou minha vida. Claro que busquei facilitar a dos meus filhos com ela também. Penso que não somos doentes, então por que não enfrentá-la com alegria? Lembro-me do dia que minha filha recebeu o diagnóstico e me perguntou “Então eu não sou burra?” Pra pensarmos um pouco…

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  22. EU SOU DISLEXIA TENHO MUITAS DIFICULDADE NO MEU TRABALHO, QUERIA E S ANO FAZER UMA FACULDADE EU ATE MESMO O ENEM. MAS TENHO VERGONHA.

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  23. Venho acompanhando o seu trabalho na pagina do face , e só tenho a agradecer, meu filho de 9 anos é dislexo e com o diagnostico nas mãos não sabíamos o que fazer.
    Suas dicas e o seu testemunho nos mostrou caminhos.Obrigada por tudo!

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  24. Parabéns pela matéria.
    Parece que ela foi escrita para mim.

    Pena que do entrei na escola ter dislexia era burrice, preguiça….
    Sempre visitava a diretoria por isso. Fora os bules
    Na adolescência ja estava melhor com a leitura, mas não foi fácil.
    Só descobri esta palavra qdo tinha 30 anos. Hoje compreendendo e aceito
    minhas dificuldades na escrita e leitura .

    Grata pela materia.
    Zelia

    Responder

  25. Parabéns pela matéria.
    Parece que ela foi escrita para mim.

    Pena que do entrei na escola ter dislexia era burrice, preguiça….
    Sempre visitava a diretoria por isso. Fora os bules
    Na adolescência ja estava melhor com a leitura, mas não foi fácil.
    Só descobri esta palavra qdo tinha 30 anos. Hoje compreendendo e aceito
    minhas dificuldades na escrita e leitura .

    Grata pela materia.
    Zelia

    Responder

  26. Olá, bom dia!!!!!

    Bom, fui diagnosticado com dislexia a cerca de um mês, aos 35 anos.Resolvi procurar um especialista, porque, apesar de sempre estudar muito para concursos públicos, nunca era bem sucedido, foram inúmeros concursos sem sucesso e muitas frustrações, mesmo tendo conhecimento sobre as matérias. Tenho um problema imenso na leitura, escrita, interpretação de textos e de organizar minhas ideias no papel, apesar de conhecer muito sobre um determinado assunto (dificuldades para escrever esse texto kkk), porém, pasmem! Sou formado em música pela UFPA, contudo, meu foco é ser aprovado em um concurso, pois ainda não sou efetivo. Quero saber se posso ter uma prova especial e qual a lei que ampara o disléxico? Socorro!!!

    Responder

  27. Nossa obrigada por esse texto. Foi o primeiro texto em 15 anos que li que realmente me descreve e me entende. Nao, nao eh apenas dificuldade de leitura ou escrita, nossa como me irrita essas rotulacoes. Da vontade de passar o link pra familia toda e para os amigos, ate mesmo meus professors que insistem em dizer que eh so preguica. – meu teclado esta em ingles. Desculpe por isso.

    Me sinto muito inteligente muito mais que a media mas ninguem ve isso. Enfim. Obrigada pelo texto.

    Responder

  28. estou estudando o assunto porque acho que minha fila tem dislexia agora que estou a procura de ajuda porque nao quero ela venha a perder de ano na escola de novo estou muito desesperada ,ao procura ajudar descobri que nao sou a unica nesta situaçao.o mais difícil agora e acha um neuropediatra aqui em salvador-ba.aqui e tudo tao dificil.

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  29. Parabéns pelos conteúdos e matérias sobre dislexia! Extremamente esclarecedores. Sou mãe de uma criança com dislexia e vejo muita falta de informação de escolas e profissionais da área da educação a respeito. Este é um dos blogs mais completos que encontrei.
    E sabe o que me deixou mais feliz? Enfim estão entendendo que o disléxico não sofre de
    Falta de inteligência!!!! O disléxico é extremamente criativo!!!! Por favor não parem de publicar, este assunto é muito importante.

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