A Importância de Gastar Tempo com seu Filho

A Importância de Gastar Tempo com seu Filho

O texto é curto mas é direto, dou início com uma pergunta: quanto tempo você já gastou com seu filho? Responda sinceramente. Começo com este questionamento pois uma coisa que infelizmente percebo com certa frequência é que muitos pais simplesmente terceirizam suas responsabilidades. Exatamente isso! Pais ausentes que para “evitar a dor de cabeça”  ou suposta “falta de tempo” transferem à outros (escola, vizinhos, psicólogos, programas de tv, igreja, etc) o dever de criar e educar seus filhos, quase como se apenas trazer a comida na mesa e não deixar faltar roupas estivesse de bom tamanho. Todos estes serviços e pessoas podem e são de grande ajuda, não sou contra eles, mas você se faz presente na vida de seu filho?

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Em 2006,  com Pippo já no Mackenzie, eu relutava em dar-lhe a medicação recomendada: Ritalina LA de 20 mg iniciada um ano antes. Ele mudava o humor e comia muito mal! Mas mesmo assim não desisti. Para ir para a escola: remédio tomado e mochila organizada!

O disléxico tem uma característica: são extremamente desorganizados e não sabem se organizar para estudar! Então separei para cada disciplina um caderno universitário e uma pasta com elástico para guardar os textos e exercícios recebidos dos professores.

Na época o Mackenzie dispunha de um ambiente de ensino e aprendizagem chamado e-Mack onde os professores postavam a lição de casa e o que os alunos deveriam estudar. Minha missão (e não impossível) verificar diariamente o e-Mack e abastecer as pastas do Pippo com todo o material disponibilizado pelos professores, e no outro período do dia, ele ia até o Núcleo Estudantil onde fazia reforço escolar de todas as matérias!

Para os pais que estão lendo meu depoimento: a maturidade vem com o tempo e não com castigos! Com o suporte do reforço escolar, com o suporte dado pela escola e minha presença constante na organização das tarefas, o Pippo mudou radicalmente o comportamento, tornando-se mais atento e participativo. Já no 9º.ano a sua maturidade aflorou! Já sabia se organizar com os trabalhos e com as provas.

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Além disso, não faltei a nenhuma reunião de pais e nunca deixei de verificar suas notas! Acompanhava meu filho diariamente!

Um fato relevante: o Pippo nunca repetiu de ano, passou direto sem recuperação tanto no Fundamental II quanto no Ensino Médio e além disso passou na primeira lista do vestibular.

Gastar tempo é o melhor investimento. O que seu filho mais precisa é de você! Não dá para ser pai e mãe à distancia ou só por telefone. Educar é estar próximo. Estar próximo demanda tempo, energia, paciência, é a negação de si mesmo; mas por outro lado, produz caráter, ética, equilíbrio, alegria, felicidade e muito orgulho.

10 Comentários


  1. Olá Maria Virgínia! Só quem se ocupa diariamente com a dislexia do seu filho sabe exatamente do que estás falando. O meu “pacotinho” veio com alguns “complementos” (kkkk): síndrome de tourette e síndrome de irlen. Então… haja tempo! Felizmente meu esposo e as duas irmãs dou muita força e sabem que pelo menos 50% do meu dia é dedicado à organização do filhote, que hoje tem 12 anos e está no 6º ano. São digitalizações, impressões ampliadas, papel azul (pela s.irlen), estudo em conjunto, leituras compartilhadas… Mas tudo isso vale muito a pena! Mas, de tudo o que escreveste, o principal para mim foi: “a maturidade vem com o tempo e não com castigos!” Que bom se todas as famílias entendessem isso… Parabéns a vocês pelo blog, estou adorando! beijos!

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    1. Agradeço, Marcia suas palavras. Fé em Deus e as dificuldades do seu filho serão superadas. Você verá! Você fará dele um homem realizado! Boa sorte e muito sucesso! Conte conosco para sanar suas dúvidas. Um forte abraço!

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  2. Lendo o texto do depoimento de uma mãe,me identifique o com caso.Tambem sou mãe de um jovem com dislexia,que sempre teve apoio e ajuda desde que foi diagnosticado este distúrbio neurológico especifico permanente(alfa ate o 9ano),sem prejuízos e sempre passando de ano.Atualmente meu filho esta no 1ano do ensino médio,mas estou com muita dificuldade em acompanha- lo ,pois desde o inicio do ano nao houve mais parceria da escola(escola/família),Atualmente so acompanho os dias das provas,e o pai com Matemática,. O que fazer nessa situação ,pois a escola tem conhecimento e nao colabora?

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  3. Olá, Marcia Virgínia!
    Passei aqui pra contar que a tal maturidade já está pintando por aqui!kkk
    Sempre acreditei que o tempo e a maturidade neurológica (inerente ao crescimento fisiológico e cronológico quando não há comprometimentos maiores), seriam grandes aliados do Victor. Dedicação, tempo, paciência é o trinômio “da hora”! Abraços!

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  4. Meu Filho hoje tem 17 anos, estudou desde os 4 anos em um colégio Salesiano até o ano passado saiu dela com 16 anos, infelizmente foi reprovado no sétimo ano e no primeiro do ensino médio sempre fez aula particular , ajudávamos ele em casa, fez por duas vezes laudo, que foi apresentado para professores, coordenadores, sempre fui as reuniões e sempre falei com todos os professores pessoalmente, e com a coordenação, coloquei ele nesse colégio pois ficava perto do meu trabalho, eu poderia estar perto dele companhando, quando no primeiro ano do ensino médio, eles o reprovaram de novo, ficamos muito triste pela falta de compreensão dos professores ou pela falta de entendimento por parte deles, professores esses que, diziam que ele era preguiçoso, e que não prestava atenção, me senti sozinha em todo esse processo, e ainda tive o agravante de ter tido problemas com a minha mãe que teve alzeimer, desculpe se escrevi errado e meu marido miocardiopatia hipertrófica, durante esses anos teve vários problemas sérios, mas a escola me parece que não queria enxergar, quando eu falava sobre o assunto, me olhavam como se falassem, lá vem ela de novo com a mesma conversa, hoje me arrependo de não ter tirado ele desse colégio antes, então só tenho a lamentar a falta de conhecimento das pessoas da área, eu digo colégios salesianos pelo menos esse não é para pessoas com dificuldades, ainda ouvi ele não é inclusivo, e claro que não é inclusivo, mas a dificuldade e clara, e o pior foi alfabetizado nesse colégio, não conseguiram trabalhar suas dificuldades, mas eu não desisto e nunca desistirei dele, meu bem maior.

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  5. Sim, você disse uma grande verdade. Como eu disse a minha filha a dislexia é um desafio para mim. Eu espero que você ter sucesso! A mãe de Felipe Respeite! Obrigado por toda esta informação muito útil.

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  6. Eu sou muito presente,na maioria das vezes minha filha hoje no 6ano é teimosa, gosta de organizar sua mochila,deixa seu uniforme separado,mas se quarto,seu armário… Ela é TDAH, impulsiva, hiperativa e disléxica eu sou TDAH, impulsiva, não sou disléxica minha formação é educação e desde o início que percebi foi uma luta atrás da outra,as vezes me canso,atualmente estou muito preocupada com sua escrita,poderia ajuda lá em ditados, textos,mas com TB e opositora minha missão fica difícil, nossa bênção é a como que é nosso anjo da guarda…

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  7. Agradeço muito essa troca de experiência. Meu filho tem 11 anos e ainda não consegui fechar o diagnóstico, o neuro que o acompanha não acha que ele tenha dislexia. A Psicóloga identificou um problema de abstração – ele não interpreta as coisas básicas. Ele está entrado na fase da puberdade. .. cada dia mais introspecto… triste. .. e muito isolado… A psicóloga está ajudando… mas está muito desmotivado. .. espero mesmo que essa maturidade chegue. ..
    Acompanho tudo o que vocês publicam.

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  8. MEU FILHO TEM 14 ANOS É DISLEXO TEM DISCAUCULIA DISGRAFIA DISORTOGRAFIA TDA E DIFICULDADE VISIOMOTORA ELE É UM MENIMO MUITO AMADO QUERIDO E APAIXONADO POR MIM É NÍTIDO O SENTIMENTO DELE,HOJE ELE CONSEGUE LER COM ALGUMAS DIFICULDADES MAS LÊ BEM ACOMPANHO TODAS AS TAREFAS DO COLEGIO VOU FREQUENTEMENTE E ESTOU ENCIMA E RECLAMO QUANDO NÃO O AJUDAM NÃO DEIXO PASSAR NADA.MEU FILHO TEM UMA FACILIDADE INCRIVEL DE SE LOCALIZAR ADORA TUDO QUE DIZ RESPEITO A CARROS E ANIMAIS TEM UMA MEMÓRIA PARA GRAVAR FATOS ELE É MARAVILHOSO.NÃO DESISTO NUNCA!! DESDE PEQUENO EU ENSINEI Á ELE QUE A DISLEXIA NÃO É PROBLEMA E SIM UMA MANEIRA DIFERENTE DE SER BOM E ELE FAZ ISSO ATÉ HOJE TANTO QUE A PISICOLOGA DISSE PRA MIM QUE ELE CONSEGUIU SEPARAR A VIDA DELE DA DIFICULDADE COM A DISLEXIA TANTO É QUE ELE VIVE MUITO BEM E TEM UMA ENORME FACILIDADE DE FAZER AMIZADES ELE É UM AMOR DE MENINO .

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